O mercado ceramista brasileiro segue como um setor estratégico da indústria de construção, combinando tradição, inovação e forte presença internacional. Em 2025, há oportunidades expressivas tanto no mercado doméstico quanto no exterior.
Panorama da produção e do mercado nacional
O Brasil é o 3º maior produtor e o 3º maior consumidor mundial de revestimentos cerâmicos, além de ocupar a 6ª posição entre os exportadores globais.
A produção se concentra em polos como Santa Gertrudes (SP) e Criciúma (SC), somando 81 fábricas e 137 marcas. Só no segmento de louças sanitárias, o país fabrica cerca de 22 milhões de peças ao ano, estando entre os cinco maiores produtores globais.
O setor gera cerca de 50 mil empregos diretos e 200 mil indiretos, representando 6% do PIB da indústria de materiais de construção.



Competitividade e diferenciais
A cerâmica brasileira é reconhecida por sua qualidade, preço acessível, durabilidade, sustentabilidade e versatilidade, fatores que a tornam competitiva no mercado global.
Em 2023, o país exportou 88,6 milhões de m² de revestimentos cerâmicos, faturando US$ 392 milhões, com os Estados Unidos como principal destino. Embora a produção nacional atenda a maior parte da demanda, ainda há importações pontuais para nichos específicos, o que mostra a integração internacional do setor.

Tendências e oportunidades para 2025
O setor mantém competitividade frente a importações e cria oportunidades em nichos de alto valor agregado.
O setor ceramista caminha para expansão e inovação, com destaque para:
- Produtos exclusivos e de valor agregado, voltados para consumidores exigentes.
- Sustentabilidade em processos produtivos e escolha de matérias-primas.
- Tecnologias digitais e impressão 3D que elevam a sofisticação e o design.
- Cerâmicas funcionais, como antimicrobianas e com aplicações especiais.
- Logística eficiente, essencial para escoar exportações e atender ao mercado interno.



Desafios no comércio internacional
O mercado ceramista brasileiro vem enfrentando impactos significativos após a adoção de tarifas adicionais pelos Estados Unidos. Nos primeiros 30 dias de vigência, as exportações para o mercado norte-americano caíram 62%, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a ANFACER (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos).
A produção voltada ao mercado americano, é específica e redirecionar não é simples. As projeções da Associação indicam ainda que, caso a medida se mantenha, pode haver uma queda de até 40% nas exportações em 2025.
Durante a entrevista à Times Brasil, Sergio Wuaden, Presidente da ANFACER, ressaltou que a missão dos Empresários, realizada em Washington no início de Setembro, representou uma oportunidade estratégica para defender os interesses da indústria cerâmica brasileira e mostrar como o setor atua de maneira colaborativa e complementar entre Brasil e EUA.
Esse cenário reforça a necessidade de o setor adotar estratégias não apenas reativas, mas também preventivas, capazes de proteger empresas em contextos de instabilidade.

Way Back e o setor ceramista
Com operações globais expostas a riscos financeiros, a Way Back, via TCM Group International, apoia empresas não só na recuperação de crédito, mas também com soluções preventivas.
Entre elas, destaca-se o Credit Report, um produto internacional que permite ao exportador levantar informações qualificadas sobre mercados e parceiros comerciais. Essa ferramenta é essencial em cenários de incerteza, ajudando as empresas a anteciparem riscos, avaliarem relacionamentos e conduzirem negociações de forma mais segura.
Com medidas preventivas, fabricantes e distribuidores garantem saúde financeira, mitigam riscos e podem direcionar seus esforços para inovação e competitividade.


Fontes: Propeq, Ceramics of Brazil, DC Logistics Brasil e ANFACER



